Lança-Perfume
Uma substância inalante é toda aquela que pode ser introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou pela boca. Já um solvente é uma substância capaz de dissolver outros materiais, sendo que a maioria deles pode ser inalado.
Os solventes praticamente só agem a nível do sistema nervoso central, no cérebro. Entretanto, eles são capazes de tornar o coração mais sensível a adrenalina que é uma substância que o nosso corpo fabrica, causando como conseqüência uma aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia).
Os solventes mais consumidos no Brasil são: o "lança-perfume", a acetona, a gasolina, o esmalte e a cola de sapateiro.
O lança-perfume é uma combinação de éter, clorofórmio, cloreto de etila e uma essência perfumada. É industrializado, sendo embalado sob pressão dentro de tubos, onde tem a forma de um líquido. Em contato com o ar ambiente, é rapidamente evaporado.
O lança perfume é considerado uma droga manufaturada com solventes químicos, sendo capaz de acelerar a freqüência cardíaca até 180 batimentos por minuto (normal - ao redor de 70 a 80 batimentos por minuto), provocando parada cardíaca e muitas vezes a morte; leva ainda à destruição das células do cérebro (os neurônios), que não se recompõem.
No passado, o uso do lança-perfume foi comum no Brasil, principalmente no Carnaval. Era embalado em frascos de metal dourados. Uma brincadeira comum era esguichar o produto nos outros foliões, causando uma sensação "fria", agradável e perfumada.
Estas brincadeiras foram, entretanto, dando lugar ao uso do lança-perfume como droga inalante: as pessoas molhavam lenços com o líquido e o aspiravam, com uma sensação obtida de euforia e entorpecimento.
Após vários casos de morte por parada cardíaca, o lança perfume acabou por ser proibido no Brasil, na década de sessenta.
Entretanto, é ainda uma droga encontrada com uma certa facilidade no período de Carnaval, pois sua produção é livre na Argentina, sendo contrabandeada de lá e também do Paraguai.
Intoxicação
O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido – de segundos a minutos no máximo – e desaparecem rapidamente, em 15 a 40 minutos. O usuário, assim, acaba por repetir várias vezes as aspirações.
A maioria dos usuários relata um quadro de desinibição, falsas percepções ou ilusões, pensamento confuso, sonolência e, ocasionalmente, amnésia. Podem haver ainda: irritação dos olhos, sensibilidade à luz, diplopia(visão dupla), zumbidos, náuseas, nistagmo (movimentos dos olhos), retardo psicomotor, tremor, convulsões, estupor e coma.
O quadro, usualmente, é de curta duração. Algumas vezes o paciente pode tornar-se ansioso e violento, necessitando uma abordagem medicamentosa com um benzodiazepínico ou antipsicórtico.
Eventualmente, podem haver depressão respiratória e arritmias cardíacas, com risco de morte súbita. As medidas são apenas de suporte, através do controle das arritmias e das complicações respiratórias.
Quando em coma, o paciente deve ser tratado em Unidade de Terapia Intensiva.

Não há como negar a força das drogas. É no mínimo hipocrisia ignorar o fascínio que exercem. Por isso estou criando este blog para informar sobre as drogas em geral, de onde vieram, como evoluíram e quais os efeitos podem causar.Os jovens e seus pais querem saber sobre as drogas. Precisam de orientação desapaixonada, sem moralismo, sem hipocrisia. Sem a burrice dos que preferem ignorar o problema. MELHOR QUE REPRIMIR É INFORMAR, ORIENTAR, INSTRUIR, EDUCAR.
terça-feira, 22 de março de 2011
Cetamina
O cloridrato de cetamina é uma droga dissociativa usada para fins de anestesia, com efeito hipnótico e características analgésicas. Conhecido remédio para cavalo, é consumida por conter efeitos psicotrópicos, os quais vão de um estado de leve embriaguez até a sensação de desprendimento da alma em relação ao corpo. Pode ser inalada, engolida ou injetada direto nas veias sanguíneas. Essa droga aumenta a resistência vascular pulmonar que em pessoas com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), comum em fumantes e bronquíticos, e se utilizado por essas pessoas pode precipitar uma insuficiência cardíaca direita. Também aumenta a pressão arterial e o consumo de oxigênio pelo coração, podendo levar a um infarto fulminante do miocárdio.
Benzodiazepinas

Pertencente ao grupo de fármacos ansiolíticos, esta droga é usada no tratamento sintomático da ansiedade e insônia. A benzodiazepina vem em forma de comprimido e seu uso causa dependência psicológica e física, dependente da dosagem e duração do tratamento. A dependência física estabelece-se após 6 semanas de uso, mesmo que moderado. Os problemas de dependência e abstinência são comparáveis aos de outras substâncias que causam depêndencia, tendo-se transformado, nos países aonde há um uso mais generalizado, num problema de saúde pública, que só agora começa a ser reconhecido na sua verdadeira escala.
Anfetamina

Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó, igual a cocaína. Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. No entanto, conforme o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos, o que pode fazer com que o apetite desapareça e torne o usuário anoréxico. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.
Tabaco

O tabaco é nome comum dado às plantas do género Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a N. tabacum, originárias da América do Sul da qual é extraída a substância chamada nicotina. O usuário da nicotina, presente no cigarro, charuto, cachimbo e rapé, aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como por exemplo infarto do miocárdio, bronquite crônica, infisema pulmonar, derrame cerebral , úlcera digestiva, etc. Após uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. Os efeitos são uma leve estimulação do cérebro e diminuição do apetite. Não há, na realidade nenhum efeito mais intenso ou importante. No entanto, o cigarro tem um potencial muito grande de provocar câncer, já que o fumo contém cerca de 80 substâncias cancerígenas. Há também estudos mostrando que as pessoas que fumam entre um e dois maços de cigarros por dia vivem cerca de 8 anos menos do que aqueles que não fumam.
Buprenorfina

A droga é derivada da heroína e serve como substituta para os usuários de ópio e heroína que já estão viciados e completamente destruídos pela droga. Vem fazer com que o adicto não sinta a ressaca da abstinência tão violentamente e que, a médio prazo, lide de forma mais saudável com o fim do vício pelo ópio ou por heroína. Este medicamento de substituição tem revelado bons resultados e funciona da seguinte maneira: no começo usa-se uma dosagem de acordo com os consumos do viciado em heroína, que vai sendo vigiada e reduzida lentamente até 0 miligramas, conforme o paciente não sinta mais a necessidade dos opiácios (morfina e heroína).

Benzodiazepinas

Pertencente ao grupo de fármacos ansiolíticos, esta droga é usada no tratamento sintomático da ansiedade e insônia. A benzodiazepina vem em forma de comprimido e seu uso causa dependência psicológica e física, dependente da dosagem e duração do tratamento. A dependência física estabelece-se após 6 semanas de uso, mesmo que moderado. Os problemas de dependência e abstinência são comparáveis aos de outras substâncias que causam depêndencia, tendo-se transformado, nos países aonde há um uso mais generalizado, num problema de saúde pública, que só agora começa a ser reconhecido na sua verdadeira escala.
Anfetamina

Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó, igual a cocaína. Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. No entanto, conforme o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos, o que pode fazer com que o apetite desapareça e torne o usuário anoréxico. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.
Tabaco

O tabaco é nome comum dado às plantas do género Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a N. tabacum, originárias da América do Sul da qual é extraída a substância chamada nicotina. O usuário da nicotina, presente no cigarro, charuto, cachimbo e rapé, aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como por exemplo infarto do miocárdio, bronquite crônica, infisema pulmonar, derrame cerebral , úlcera digestiva, etc. Após uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. Os efeitos são uma leve estimulação do cérebro e diminuição do apetite. Não há, na realidade nenhum efeito mais intenso ou importante. No entanto, o cigarro tem um potencial muito grande de provocar câncer, já que o fumo contém cerca de 80 substâncias cancerígenas. Há também estudos mostrando que as pessoas que fumam entre um e dois maços de cigarros por dia vivem cerca de 8 anos menos do que aqueles que não fumam.
Buprenorfina
A droga é derivada da heroína e serve como substituta para os usuários de ópio e heroína que já estão viciados e completamente destruídos pela droga. Vem fazer com que o adicto não sinta a ressaca da abstinência tão violentamente e que, a médio prazo, lide de forma mais saudável com o fim do vício pelo ópio ou por heroína. Este medicamento de substituição tem revelado bons resultados e funciona da seguinte maneira: no começo usa-se uma dosagem de acordo com os consumos do viciado em heroína, que vai sendo vigiada e reduzida lentamente até 0 miligramas, conforme o paciente não sinta mais a necessidade dos opiácios (morfina e heroína).
Barbitúricos
Barbitúricos são sedativos e calmantes. São usados em remédios para dor de cabeça, para hipnose, para epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas dependentes. Hoje há normas e leis que dificultam uma pessoa a obter esse composto. Os barbitúricos provocam dependência física e psicológica, diminuição em várias áreas do cérebro, depressão na respiração e no sistema nervoso central, depressão na medula, depressão do centro do hipotálamo, vertigem, redução da urina, espasmo da laringe, crise de soluço, sedação, alteração motora.
4º. Metadona (Ópio)

O ópio (do grego ópion, “suco de papoula”, pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoulas soníferas, e que é utilizada como narcótico. O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente uma droga destruidora do organismo. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc.

4º. Metadona (Ópio)

O ópio (do grego ópion, “suco de papoula”, pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoulas soníferas, e que é utilizada como narcótico. O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente uma droga destruidora do organismo. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc.
Cocaína
É classificada uma droga alcalóide, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, estimulante com alto poder de causar dependência. Seu uso continuado, pode levar a dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. Em forma de pó, a droga pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração. Em 1863, o químico Angelo Mariani desenvolveu o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca, que chegou a ser muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusive premiou Mariani com uma medalha. A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. Segundo rumores, o refrigerante continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluír cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atrativo inicial da bebida. Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema de “substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor”. Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos.
Heroína
A heroína, ou diacetilmorfina, é uma droga opióide natural ou sintética, produzida e derivada do ópio, que é extraído da cápsula (fruto) de algumas espécies de papoula. Foi usada enquanto fármaco de 1898 até 1910, ironicamente (uma vez que é muito mais aditiva), no tratamento de dependentes de ópio e também como antitússico para crianças. A heroína foi proibida nos países ocidentais no início do século XX devido aos comportamentos violentos que estimulava nos seus consumidores. Em forma líquida, ela é usada com uma seringa, que injeta a droga direto nas veias, mas também pode ser inalada.
Álcool
O etanol se difunde pelos lipídios, alterando a fluidez e a função das proteinas. Altas concentrações de álcool pode diminuir as funções da bomba Na+ K+/ATPase no transporte de elétrons, este efeito compromete a condução elétrica.
Neurofarmacologia do álcool
Só recentemente foi possível entender os mecanismo neurobiológico responsável por diversas manifestações clínicas do alcoolismo. O etanol afeta diversos neurotransmissores no cerébro, entre eles o neurotransmissor inibitório, o ácido gama-aminobutirico (GABA).
A interação entre etanol e o receptor para o GABA se evidencia em estudos que demonstram haver redução de sintomas da síndrome de abstinência alcoólica através do uso de substâncias que aumentam a atividade do GABA, como os inibidores de sua recaptação e os benzodiazepínicos, mostrando a possibilidade do sistema GABAérgico ter efeito na fisiopatologia do alcoolismo humano.
O etanol potencializa as ações de receptor GABA através de um mecanismo que é independente do receptor benzodiazepínico.

As vias neuronais que utilizam GABA desempenham importante ação inibitória sobre as demais vias nervosas. O receptor para o GABA encontra-se associado ao canal de cloro e ao receptor de benzodiazepínicos, formando um complexo funcional. Quando o GABA se acopla ao seu receptor, promove o aumento na frequência de abertura dos canais de cloro, permitindo assim a passagem de maior quantidade do íon para o meio intracelular, tornando-se ainda mais negativo e promovendo, assim, hiperpolarização neuronal.
Baixas concentrações alcoólicas promoveriam facilitação da inibição GABAérgica no córtex cerebral e na medula espinhal.
Os efeitos a exposição crônica ao etanol poderia explicar alguns dos fenômenos observados no alcoolismo, como a tolerância e a dependência.
A rápida tolerância ao aumento do influxo de cloro mediado pelo GABA inicia-se já nas primeiras horas e estabelece-se durante o uso crônico do álcool.
O álcool seletivamente altera a ação sináptica do glutamato no cérebro. O sistema glutamatérgico, que utiliza glutamato como neurotransmissor, e que é uma das principais vias excitatórias do sistema nervoso central, também parece desempenhar papel relevante nas alterações nervosas promovidas pelo etanol. O glutamato é o maior neurotransmissor excitatório no cérebro, com cerca de 40% de todas as sinápses glutaminergicas.
As ações pós-sinápticas do glutamato no sistema nervoso central são mediadas por dois tipos de receptores: Um tipo é o receptor inotrópico que são os canais ionicos que causa despolarização neuronal. O 2o tipo de receptor glutamato é o metabotrópico ( visto que suas respostas necessitam de passos metabólicos de sinalização celular), enquanto as ações intracelulares são mediadas pela proteína G.
Um dos receptores glutamatos inotrópicos tem duas famílias separadamente identificadas tanto nas características farmacológica, biofísica e molecular conhecidas como o receptor NMDA (n-metil-D-aspartato), voltagem dependente, que sustenta as correntes associado a canais de ions permeáveis ao cálcio ao sódio e ao potássio e a segunda família de receptores inotropicos glutamato, o receptor AMPA/Ka (agonista preferencial é a a -amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol propiato).
O glutamato participa da plasticidade sináptica e potencialização longo-tempo (LTP) parecendo ter um papel critico na memória e na cognição.
O efeito eletrofisiológico predominante do etanol é reduzir a neurotransmissão glutaminergica excitatória. Observou-se que baixas concentrações do etanol são capazes de inibir a ação estimulante mediada pelo NMDA sobre células hipocampais em cultura.
O etanol inibe a corrente do receptor NMDA em concentração associadaos com a intoxicação em vivo.
Estes achados poderiam também participar da gênese de dependência física ao álcool, através de processo inverso ao observado pelo GABA, ou seja, uma vez retirado o etanol, as vias glutaminérgicas produzem superexcitação do SNC , gerando convulsões, ansiedade e delirium.
O influxo de ions cálcio para a célula desempenha importante função na liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica como também, na atividade de segundo mensageiro celular. O etanol, em concentrações de 25mM parece inibir a passagem de cálcio através dos canais iônicos, diminuindo a liberação de neurotransmissores.
Este também poderia ser um dos mecanismos de produção da dependência e da tolerância, uma vez que retirada o álcool, esses canais ionicos aumentariam o fluxo de cálcio e, como consequencia a neurotransmissão, gerando os sinais e sintomas da síndrome de abstinência.
O haxixe é resultante das secreções resinosas da maconha, com concentração elevadíssima de Tetrahidrocanabinol - T.H.C., podendo se apresentar em forma de tabletes, placas e bolas, todas na cor marron escura. Produzem tagaralice, excitabilidade, risos, seguidos de depressão, relaxamento e sonolência. Aumento de apetite(doces), olhos vermelhos congestos, alucinações, distúrbios na percepção do tempo e do espaço. Boca seca. Pode ocorrer perda da atenção e da memória para fatos recentes, alucinações visuais, diminuição dos reflexos. Em altas doses, poder haver ansiedade intensa; pânico; paranóia. O uso continuado pode levar ao desânimo generalizado.
Definição A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificamente de Cannabis Sativa. Em outros países ela recebe nomes diferentes . Ela já era conhecida há pelo menos 5.000 anos, sendo utilizada quer para fins medicinais quer para "produzir risos". Talvez a primeira menção da maconha na nossa língua tenha sido um escrito de 1548 onde está dito no português daquela época: "e já ouvi a muitas mulheres que, quando iam ver algum homem, para estar choquareiras e graciosas a tomavam". Até o início do presente século, a maconha era considerada em vários países, inclusive no Brasil, como um medicamento útil para vários males. Mas também era já utilizada para fins não médicos por pessoas desejosas de sentir "coisas diferentes", ou mesmo utilizavam-na abusivamente. Conseqüência deste abuso, e de um certo exagero sobre os seus efeitos maléficos, a planta foi proibida em praticamente todo mundo ocidental, nos últimos 50-60 anos. Mas atualmente, graças às pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia (doença que se caracteriza por convulsões ou "ataques"). Entretanto, é bom lembrar que a maconha tem também efeitos indesejáveis que podem prejudicar uma pessoa. O THC (tetrahidrocanabinol) é o princípio ativo e responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Esta variação nos efeitos depende também da própria pessoa que fuma a planta: todos nós sabemos que há grande variação entre as pessoas; de fato, ninguém é igual a ninguém! Assim, a dose de maconha que é insuficiente para um pode produzir efeito nítido em outro e até uma forte intoxicação num terceiro.
Para bom entendimento é melhor dividir os efeitos que a maconha produz sobre o homem em físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos físicos e psíquicos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se considera, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorre apenas por algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos). Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hipermia das conjuntivas), a boca fica seca (e lá vai outra palavrinha médica antipática: xerostomia - é o nome difícil que o médico dá para boca seca) e o coração dispara, de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou até mesmo mais (é o que o médico chama de taquicardia). Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilaridade). Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando. É o que comumente chamam de "má viagem" ou "bode". Há ainda evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo na memória e atenção. Assim sob a ação da maconha a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo tendo a sensação que se passaram horas quando na realidade foram alguns minutos; um túnel com 10 metros de comprimento pode parecer ter 50 ou 100 metros. Quanto aos efeitos na memória eles se manifestam principalmente na chamada memória a curto prazo, ou seja, aquela que nos é importante por alguns instantes. Dois exemplos verídicos auxiliam a entender este efeito: uma telefonista de PABX em um hotel (que ouvia um dado número pelo fone e no instante seguinte fazia a ligação) quando sob ação da maconha não era mais capaz de lembrar-se do número que acabara de ouvir. O outro caso, um bancário que lia numa lista o número de um documento que tinha que retirar de um arquivo; quando sob ação da maconha já havia esquecido do número quando chegava em frente ao arquivo. Pessoas sob esses efeitos não conseguem, ou melhor, não deveriam executar tarefas que dependem da atenção, bom senso e discernimento, pois correm o risco de prejudicar outros e/ou a si próprio. Como exemplo disso: dirigir carro, operar máquinas potencialmente perigosas. Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações. Delírio é uma manifestação mental pela qual a pessoa faz um juízo errado do que vê ou ouve; por exemplo, sob ação da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma ambulância e julga que é a polícia que vem prendê-la; ou vê duas pessoas conversando e pensa que ambas estão falando mal ou mesmo tramando um atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguição (delírios persecutórios) pode levar ao pânico e, conseqüentemente, a atitudes perigosas ("fugir pela janela", agredir as pessoas conversando em "defesa" antecipada contra a agressão que julga estar sendo tramada). Já a alucinação é uma percepção sem objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou vê duas pessoas conversando quando não existe quer a sirene quer as pessoas. As alucinações podem também ter fundo agradável ou terrificante. Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior monta. De fato, com o continuar do uso, vários órgãos do nosso corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como irão ficar estes órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como é o tabaco comum. Esta irritação constante leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumaça de maconha contêm alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente que a pessoa que fuma maconha cronicamente está sujeita a contrair câncer dos pulmões com maior facilidade, mas os indícios em animais de laboratório de que assim pode ser são cada vez mais fortes. Outro efeito físico adverso (indesejável) do uso crônico da maconha refere-se à testosterona. Esta é o hormônio masculino; como tal confere ao homem maior quantidade de músculos, a voz mais grossa, a barba, também é responsável pela fabricação de espermatozóides pelos testículos. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60 % a quantidade de testosterona. Conseqüentemente o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (medicamente esta diminuição chama-se oligospermia) o que leva a uma infertilidade. Ou seja, o homem terá mais dificuldade de gerar filhos. Este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a planta. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual; ele fica somente com uma esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira. Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da maconha interfere com a capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e importância. Este efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso a maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar o uso de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor. Finalmente, há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente (a pessoa consegue "se controlar") ou a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir à doença, isto é, a pessoa não consegue mais "se controlar" ou neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar de novo os sintomas da doença. Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia. Em um levantamento feito entre os estudantes do 1º e 2º graus das 10 maiores cidades do país, em 1997, 7,6% declararam que já haviam experimentado a maconha e 1,7% declararam fazer uso de pelo menos 6 vezes por mês.
CRACK
Produção
O crack surgiu como opção para popularizar a cocaína, pelo seu baixo custo. Para a produção do crack, uma mistura de cocaína em pó (ainda não purificada) dissolvida em água e acrescida de bicarbonato de sódio (ou amônia) é aquecida. O aquecimento separa a parte sólida da liquida. Após a parte sólida secar, é cortada em forma de pedras. Por não passar pelo processo final de refinamento pelo qual passa a cocaína, o crack, possui uma grande quantidade de resíduos das substâncias utilizadas durante todo o processo. Prontas para o consumo, as pedras podem ser fumadas com a utilização de cachimbos, geralmente improvisados. Ao serem acesas, as pedras emitem um som, daí a origem do nome “crack”.Efeitos do Crack
Os efeitos do crack são basicamente os mesmos da cocaína: sensação de poder, excitação, hiperatividade, insônia, intensa euforia e prazer. A falta de apetite comum nos usuários de cocaína é intensificada nos usuários de crack. Um dependente de crack pode perder entre 8 e 10 kg em um único mês.Por ser inalado, os crack chega rapidamentente ao cérebro, por isso seus efeitos são sentidos quase imediatamente – em 10 a 15 segundos – no entanto, tais efeitos duram em média 5 minutos, o que leva o usuário a usar o crack muitas vezes em curtos períodos de tempo, tornando-se dependente rapidamente. Daí o grande poder de causar dependência do crack. Após tornar-se dependente, sem a droga o usuário entra em depressão e sente um grande cansaço, além de sentir a “fissura”, que é a compulsão para usar a droga, que no caso do crack é avassaladora. O uso contínuo de grandes quantidades de crack leva o usuário a tornar-se extremamente agressivo, chegando a ficar paranóico, daí a gíria “nóia”, como referência ao usuário de crack. Problemas mentais sérios, problemas respiratórios, derrames e infartos são as consequências mais comuns do uso do crack.
História
Inicialmente o crack foi disseminado nas classes mais baixas da sociedade, embora atualmente já não se restrinja somente a elas. Nos centros das grandes cidades é comum ver os moradores de rua – de todas as idades, inclusive as crianças – fazendo uso desta droga. Cabe a reflexão sobre a origem daquelas pessoas: muitos já nasceram em condições de miséria comparáveis a aquela em que estão, mas certamente muitas daquelas pessoas, hoje a margem da sociedade, tinham toda uma vida estruturada, vida essa que trocaram pelo crack.O uso do crack e suas consequências tornam possível dizer que atualmente o crack tornou-se uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública.
Denominado farmacologicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviado por MDMA, o ecstasy é uma substância fortemente psicoativa. Duas outras substâncias farmacologicamente e psicoativamente semelhantes podem ser encontradas no mercado ilegal como sendo o ecstasy. Uma delas é conhecida popularmente como Eve e denominada farmacologicamente por N-etil-3,4-metilenodioxianfetamina e a outra é um metabólito ativo (produto da degradação do ecstasy pelo fígado, mas que ainda possui atividade psicoativa) conhecido por MDA ou 3,4-metilenodioxianfetamina. As reações e efeitos provocados por essas três substâncias são semelhantes, mas durante toda nossa abordagem nessa seção estaremos falando apenas do MDMA, do ecstasy e seus efeitos podem ser estendidos para as outras duas.A anfetamina, um dos primeiros estimulantes sintetizados com finalidades terapêuticas foi retirado do mercado há décadas; a cocaína, outro estimulante, foi proibido de ser comercializado por causa de seus efeitos mais prejudiciais do que benéficos. Os alucinógenos como a mescalina, nunca foram empregados com finalidades terapêuticas sendo sempre considerado ilegal. O ecstasy possui características farmacológicas e efeitos psicológicos semelhantes a uma mistura da anfetamina com mescalina.
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Em 1988 um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universitários tinham feito uso do ecstasy no período de um ano antes da pesquisa, mostrando que o uso ilegal já estava disseminado, da mesma forma como aconteceu na Europa ocidental. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.
Teoricamente o ecstasy pode ser inalado sob a forma de vapor, pois pode ser apresentado como base livre, que é uma composição farmacológica que permite a evaporação do composto. Contudo essa forma de administração não costuma ser empregada. O ecstasy pode também ser injetado via intravenosa; embora isso já tenha sido feito não costuma ser o modo de utilização. A via mais comum é a oral. Quando foi sintetizado pela primeira vez, a finalidade era o uso medicamentoso, portanto nada mais razoável do que a apresentação como comprimidos. Este continua sendo o modo de comercialização ilegal do ecstasy. A dose recreacional varia de 50 a 150mg em dose única. Mas como esse mercado é ilegal e não existe controle de qualidade tanto as doses variam de fornecedor para fornecedor assim como acontece com a cocaína, a substância em si também pode ser adulterada. Muitas vezes o traficante vende simples adrenalina ou MDA como se fosse o ecstasy.
O efeito do ecstasy dura horas, em média oito horas, mas isso pode variar de pessoa para pessoa porque as enzimas que eliminam o ecstasy não estão presentes nas mesmas quantidades em todas pessoas. Aqueles que possuem maior quantidade da enzima metabolizadora eliminam a droga mais rapidamente. A previsão do tempo de duração da atividade não é precisa por causa dos metabólitos ativos, ou seja, mesmo o ecstasy tendo sido metabolizado os produtos dessa metabolização continuam exercendo atividade psicoativa como se fosse o próprio ecstasy. Assim um efeito, não necessariamente agradável pode se prolongar por mais de oito horas.
Ainda não há evidências de que o ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva. Já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Em 1988 um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universitários tinham feito uso do ecstasy no período de um ano antes da pesquisa, mostrando que o uso ilegal já estava disseminado, da mesma forma como aconteceu na Europa ocidental. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.
Teoricamente o ecstasy pode ser inalado sob a forma de vapor, pois pode ser apresentado como base livre, que é uma composição farmacológica que permite a evaporação do composto. Contudo essa forma de administração não costuma ser empregada. O ecstasy pode também ser injetado via intravenosa; embora isso já tenha sido feito não costuma ser o modo de utilização. A via mais comum é a oral. Quando foi sintetizado pela primeira vez, a finalidade era o uso medicamentoso, portanto nada mais razoável do que a apresentação como comprimidos. Este continua sendo o modo de comercialização ilegal do ecstasy. A dose recreacional varia de 50 a 150mg em dose única. Mas como esse mercado é ilegal e não existe controle de qualidade tanto as doses variam de fornecedor para fornecedor assim como acontece com a cocaína, a substância em si também pode ser adulterada. Muitas vezes o traficante vende simples adrenalina ou MDA como se fosse o ecstasy.
O efeito do ecstasy dura horas, em média oito horas, mas isso pode variar de pessoa para pessoa porque as enzimas que eliminam o ecstasy não estão presentes nas mesmas quantidades em todas pessoas. Aqueles que possuem maior quantidade da enzima metabolizadora eliminam a droga mais rapidamente. A previsão do tempo de duração da atividade não é precisa por causa dos metabólitos ativos, ou seja, mesmo o ecstasy tendo sido metabolizado os produtos dessa metabolização continuam exercendo atividade psicoativa como se fosse o próprio ecstasy. Assim um efeito, não necessariamente agradável pode se prolongar por mais de oito horas.
Ainda não há evidências de que o ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva. Já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.
LSD-2
1. Histórico e origem do LSD-25

1. Histórico e origem do LSD-25
O LSD-25, ou seja, a dietilamida do ácido lisérgico é uma substância sintética, produzida em laboratório. Ela foi descoberta acidentalmente pelo cientista suíço Hoffman, que ingeriu uma pequena quantidade da droga. A partir disso, iniciaram-se experiências terapêuticas com o LSD-25. Ela foi utilizada para o tratamento de doenças mentais, mas hoje em dia sabe-se que ela não tem utilidade médica. Ela é talvez a substância mais ativa que age no cérebro. Pequenas doses já produzem grandes alterações.
2. O que o LSD-25 faz no organismo ? O LSD-25 é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela provoca alterações no funcionamento do cérebro, causando fenômenos psíquicos como alucinações, delírios e ilusões. Essa substância contém em sua estrutura o núcleo indol, que também está presente em um neurotransmissor do cérebro, a serotonina. Por esta característica, essa droga interfere no mecanismo de ação da serotonina. O LSD-25 é um alucinógeno primário, porque seus efeitos ocorrem principalmente no cérebro.
Os efeitos dessa droga dependem da sensibilidade da pessoa, do ambiente, da dose e da expectativa diante do uso da droga. Os efeitos físicos observados são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da frequência cardíaca, aumento de temperatura. Às vezes podem ocorrer náuseas e vômitos.
As alterações psíquicas são muitos mais importantes. As sensações podem ser agradáveis como a observação de cores brilhantes e a audição de sons incomuns. Pode ocorrer também ilusões e alucinações. Em outros casos as alterações são desagradáveis. Algumas pessoas observam visões terríveis e sensações de deformidade externa do próprio corpo. Já foi descrito o efeito de flashback , isto é, semanas ou meses após o uso da droga os sintomas mentais podem voltar, mesmo que a pessoa não tenha mais consumido a droga.
3.Como o LSD-25 é eliminado do organismo ? A metabolização ocorre no fígado e a eliminação é feita pelas fezes e pela urina.
4. Tolerância e dependência ao LSD-25 Os alucinógenos indólicos produzem pouco fenômeno de tolerância e não induzem dependência física.
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